No passado dia 20 do mês de Dezembro teve lugar o segundo Jantar Solidário, organizado pelos amigos do Centro Social, Sra. Dra Dina Monteiro e Sr. Dr. Luís Luís Maria das Neves, Desembargadora do Tribunal da Relação de Lisboa e Presidente do mesmo Tribunal, respetivamente, juntamente com um Grupo de Amigos seus.

A exemplo do ano passado, teve lugar no Hotel Double Tree by Hilton – Fontana Park, em Lisboa, e o interessante é que tudo  que envolveu, supôs e exigiu este Jantar, foi 100% oferecido, ficando tudo a custo zero. De igual modo foram gratuitas as atuações do fadista António Pinto Basto e do Grupo Musical “Maré da Saudade”. Assim, o que foi solicitado por cada participação para este Jantar, reverteu a favor do Centro Social. Houve ainda algumas pessoas e/ou Grupos que fizeram algumas ofertas 

E a nós, Centro Social, perante este gesto tão amigo, tão solidário, tão generoso, tão natalício, o que podemos fazer, dizer, para agradecer, para mostrar a nossa profunda gratidão, a nossa profunda amizade?  Não é fácil!…

Só fomos capazes e só soubemos de dizer o seguinte:

“JANTAR SOLIDÁRIO 2014 – Agradecimento

 

O poeta e Padre, Tolentino Mendonça, no seu recente livro ” A MÍSTICA DO INSTANTE: o tempo e a promessa”, ao falar do “regresso ao paladar”, diz-nos que Feuerbach defendia que também o paladar se eleva no homem, à dignidade do ato científico e espiritual.

Uma das últimas palavras que Jesus disse foi: “Desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco” (Lc. 22, 15). O comer não era circunstancial  na sua vida. Interessante verbo o que Ele utiliza, “desejei”, porque sabiamente liga a refeição ao desejo.

Um versículo do Talmude afirma: “Antes de comer, o homem tem duas almas. Depois de comer, o homem tem uma alma”. Antes de comer, estamos separados, habitam-nos desejos diferentes, fazemos a experiência da divisão. Depois de comer, o homem redefine-se, reencontra-se, confia. Por isso, ninguém reencontrará a sua alma se não reencontrar também o sentido e o sabor daquilo que o alimenta”.

Se isto é verdade para uma qualquer refeição, quanto o não será para este Jantar Solidário de Amigos, onde nos encontramos, e em que estamos unidos por uma causa, um projeto comum?!… Assim, neste jantar acontece, também, um verdadeiro processo de reencontro, de aproximação, de unificação e isto gera confiança e alegria…Sairemos mais Família!…E permitem-me que a una à grande e alargada  “Família do Centro Social 6 de Maio”?!…

Seguindo o pensamento de Adília Lopes que afirma: “Sou uma obra dos Outros”, eu posso também afirmar: “O Centro Social 6 de Maio é obra dos Outros”, de muitos Outros, entre os quais se incluem todos os que aqui estamos e todos os que, de alguma maneira, colaboraram para o êxito final desta iniciativa.

E agora como agradecer tudo isto tão especial, profundo e belo que este Jantar Solidário supõe e faz acontecer? E como o agradecer em primeiríssimo lugar à minha/nossa grande Amiga, Sra. Dra. Dina Monteiro, a cuja iniciativa e inspiração tudo isto se deve? Como o agradecer ao, também, amigo, Sr. Dr. Luís Maria Vaz das Neves, aos Srs. Drs. Manuel Tomé Soares Gomes, José Maria Sousa Pinto e Manuel Ramalho? Como o agradecer aos Responsáveis deste Hotel, que pela segunda vez nos acolhe aqui, de modo tão generoso; ao Fadista António Pinto Basto, ao Grupo Maré da Saudade, aos Grupos Smart Choice, Refeel, Sousa Cintra?. Apetecia-me continuar a mencionar nomes, todos os nomes, dos presentes e dos que não puderam estar aqui hoje, mas compreendo que seria cansativo!

Peço o favor de que o OBRIGADO que me sai do fundo da alma e de todo o meu ser, assim como de todo o Centro Social 6 de Maio, seja acolhido por todos.

Peço, também, o favor de sentirem como verdadeiro, o Convite que a TODOS faço para visitarem o Centro Social.

Por fim, peço, ainda,  o favor, de aceitarem os meus/nossos sinceros votos de BOAS-FESTAS e  faço-o servindo-me, uma vez mais, dum Poema do Padre Tolentino Mendonça:

 

“O Natal não é ornamento: é fermento!
É um impulso divino que irrompe pelo interior da história!
Uma expetativa de semente lançada!
Um alvoroço que nos acorda
Para a dicção surpreendente que Deus faz
Da nossa humanidade 

O Natal não é ornamento: é fermento!
Dentro de nós recria, amplia, expande

(…)

O Natal não é ornamento: é movimento!
Teremos sempre de caminhar para o encontrar!
Entre a noite e o dia,
Entre a tarefa e o dom,
Entre o nosso conhecimento e o nosso desejo,
Entre a palavra e o silêncio que buscamos!
Uma estrela nos guiará 

O Natal não é ornamento

Um Santo e feliz Natal

Ir. Deolinda Rodrigues

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