Pelo segundo ano consecutivo, no passado domingo, a comunidade de Santiago do Cacém, acolheu os irmãos que vieram de Lisboa, provenientes do Bairro 6 de Maio – Venda Nova e que, semana a semana, vão fazendo a sua caminhada missionária. Desde finais dos anos noventa do século passado, apoiados pelas Irmãs Dominicanas do Rosário e por missionários de várias congregações e institutos, entre os quais, a Congregação da Missão, esta comunidade de gente proveniente de países lusófonos de África, ao seu jeito e ritmo, vivem uma Missão contínua. Todos os anos, como sinal de testemunho e de convívio, visitam outras comunidades irmãs. Eram cerca de cem pessoas, de todas as idades.
O ponto alto deste encontro foi a celebração da Eucaristia, celebrada na Igreja Matriz (Igreja do Castelo), presidida pelo P. Manuel Nóbrega, vicentino, e concelebrada pelos padres Pedro e Agostinho. De várias raças, países, línguas e culturas, todos vieram adorar o mesmo Senhor, celebrar a mesma fé. A animação da Eucaristia foi feita conjuntamente pela Juventude Mariana Vicentina, pelos Escuteiros e pelas gentes de raça africana. O ritmo, a dança, a alegria, os símbolos e os gestos emprestaram beleza e interioridade à celebração.
Acresce dizer que, nesta celebração, o nono ano da catequese, o grupo das Bem-aventuranças, fez o seu compromisso.
A simbologia da Barca, no início, a entronização da Palavra ao jeito africano, o ofertório do pão e o envio foram momentos muito ricos. Momento único, foi o da elevação do Corpo e Sangue do Senhor, a aclamação do Mistério da Fé. A sonoridade do canto, a leveza dos gestos e a atitude interior de quem o fez, encheu o coração e a alma. Foi momento que dificilmente se esquecerá!
O envio, de novo trouxe a imagem da barca, a partilha do pão e o apelo à vivência da fé, em gestos de compromisso, de acolhimento e de comunhão fraterna. A festa, a alegria, o sorriso, era coisa que se via no rosto das pessoas.
O convívio continuou no parque do Rio da Figueira, zona fresca e ampla, onde houve partilha de farnéis e de ritmos. Quase à hora da despedida, e porque os afazeres pastorais não lhe permitiram a presidência da Eucaristia, D. António Vitalino, foi cumprimentar, naquele local, o grupo de irmãos que veio até nós. Além de um gesto simpático, foi um gesto de pastor, de irmão, de amigo.
P. Agostinho Sousa, CM
Santiago do Cacém